sábado, setembro 08, 2012

Ando tão cansada de mim (imimi) que sou capaz até de ser prosa.

sexta-feira, setembro 07, 2012

tentei te esquecer
escrevi sobre os objetos da casa
mas ainda havia o teu cigarro no cinzeiro
os pelos do teu peito no chão do chuveiro
olhei pro sol e ele tinha o gosto do teu suor
o sabiá insistia em te despertar na árvore em frente
(era a cotovia?)
o risco no bloco de anotações
as pedras da calçada da minha rua
a garrafa, o mapa, a canção
em tudo havia tua mão gentil

Descobri então a retroescavadeira
indolor em sua força
insensível à minha dor clichê
delicada garra febril
deliciosa máquina
cavou em minha poesia o vazio
e te arrancou do meu peito fértil