terça-feira, novembro 18, 2008

Bossa

Não tenho mais tempo pras palavras
Larguei da poesia
Não quero mais essa mesma canção
Adeus, meu bem
Vou ser morena do samba de alguém

sexta-feira, novembro 14, 2008

Madrigal

ele pinta palavras em meu corpo
renascentista
a madrugada é nua e farta
baixa contínua em nós
descendente é o inferno
cadência perfeita
onde descobri a pureza

terça-feira, novembro 04, 2008

Pequena morte

COMA
(me)

domingo, novembro 02, 2008

Desdenho o amor
como quem enxerga o pó sobre os livros da estante
como quem saliva diante da mesa em banquete

Passa por mim
Nem sinto sede

O amor é brisa nas minhas cortinas fechadas
Busca imprevista fresta
Chove a vidraça

Sem susto

Torno a dormir
Faz escuro e estou cansada