segunda-feira, maio 25, 2009

caço nas páginas daquele livro antigo
como dizer que eu te amo quando não digo
ignoro o risco da palavra-títere
e traço ainda no espelho o caminho
Esquerdo

terça-feira, maio 12, 2009

então me vem você
palavra já velha na minha saliva
riso ancestral
sai você de dentro
(sempre esteve?)
peito e sapatos cansados
os livros dentro da valise
risca de novo a história

você boreal
cor alterada na retina
amanhece com boca de café
a noite escura
esclarece o mistério da caixa

escurece
(a chave está no lugar)

você vem.

*
*
*

(e se calo é por não precisar saber)

sexta-feira, maio 08, 2009

Ele tocou seu sexo como quem salva um animal, ferido e frágil.

(pássaro delicado esquecido de voar.)