segunda-feira, maio 01, 2023

no teu desenho meus pés em ponta pisam a beira do precipício. é nietzsche, tu explica diante do meu susto. (quando eu era criança morava no décimo quinto andar e sentava na mureta da sacada balançando as pernas). tua voz cansada se espalha pelas minhas costas nuas enquanto repetem a imagem roubada: é preciso ter asas quando se ama o Abismo. rimos de bobos. e escondo meu rosto em teu abraço para sobreviver em terra firme.

fim.

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