enovelado inteiro o meu pavor no teu abraço
o corpo se debruça sobre a murada do andar mais alto do edifício
a praça da infância, um rio que guarda uma cidade inteira, um navio fantasma com suas bandeiras coloridas, alguns prédios amarelos guardando história
embaixo tudo é estático e está em movimento
como um bonsai (ela me disse)
de longe eu nunca tenho medo da vida
que flui violenta sob as calçadas do centro da cidade
os olhos já saltaram, suicidas
os pés seguem fincados na terra
a sanidade que resta
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