Como dizer o que não pode ser dito?
Como cantar se já não há asas?
Como apagar o que nem foi escrito?
Se não há mais tempo, como acertar os ponteiros?
Como descobrir os corpos se não houve despedida?
Como achar o norte se morreram as rosas?
Como sorrir se tudo é ferida?
Se tudo é sal, como deixar de ser pranto?
Tudo é imaterial e sensível
Bolha translúcida sob o amarelo
terça-feira, agosto 29, 2006
Assinar:
Postagens (Atom)