era um inseto
minúsculo
o que rompeu sua pele
o que bebeu do seu sangue
impetuoso em desejo
era um inseto
olho não via
e devorava sua palavra
e transformava sua rotina
ardendo as asas escuras
era um inseto
sequer se sabia
era um inseto
mas existia
nas frestas do dia-a-dia
obscuro nas nossas cortinas
sexta-feira, maio 24, 2013
segunda-feira, maio 06, 2013
e é porque sei que tudo é finito
que tenho medo
da noite sempre curta
dos risos vezes pouco
daquela canção perdida
tua voz rouquejando na memória
os desamores debulhados
tenho medo porque grita tempo
a minha pele, os meus cabelos
porque fé também é cansaço
medo do tanto querer
da falta do gesto
das palavras prometidas
no verso da página
no avesso da vida minha
que é também vida tua
tenho medo do que é passo
do que é salto
(ainda que ame o profundo)
dessa travessia que meu corpo guarda
quando ainda nem havia nós
no silêncio sublima-se o Amor destinado
com susto de quem espera passar a escuridão
que tenho medo
da noite sempre curta
dos risos vezes pouco
daquela canção perdida
tua voz rouquejando na memória
os desamores debulhados
tenho medo porque grita tempo
a minha pele, os meus cabelos
porque fé também é cansaço
medo do tanto querer
da falta do gesto
das palavras prometidas
no verso da página
no avesso da vida minha
que é também vida tua
tenho medo do que é passo
do que é salto
(ainda que ame o profundo)
dessa travessia que meu corpo guarda
quando ainda nem havia nós
no silêncio sublima-se o Amor destinado
com susto de quem espera passar a escuridão
sábado, março 09, 2013
como cartas que deveriam ser esquecidas
amassados foram os sonhos nas linhas das mãos
sob as tintas vivas da paredes
cochicharam sua sede, uma rosa vermelha, arroz
promessas de mãos dadas em ruas de um país não muito distante
basium ad infinitum
o tempo pode ser cura ou veneno
xícara de chá na madrugada
o silêncio das pequenas solidões tocava na vitrola
pra fazer passar as horas
pra fazer passar a dor
risco
amassados foram os sonhos nas linhas das mãos
sob as tintas vivas da paredes
cochicharam sua sede, uma rosa vermelha, arroz
promessas de mãos dadas em ruas de um país não muito distante
basium ad infinitum
o tempo pode ser cura ou veneno
xícara de chá na madrugada
o silêncio das pequenas solidões tocava na vitrola
pra fazer passar as horas
pra fazer passar a dor
risco
domingo, março 03, 2013
então as palavras romperam a casa como aves libertas
e revelaram os corpos nus
nem era noite
cuspiram sobre as lágrimas contidas
rasgaram verdades natimortas
amor alça voo sem pena
explode em silêncios gordos
descola camadas de vidas inteiras
desenha nas paredes aranha, corujas e gatos
é tempo
(e eu sou tua)
e revelaram os corpos nus
nem era noite
cuspiram sobre as lágrimas contidas
rasgaram verdades natimortas
amor alça voo sem pena
explode em silêncios gordos
descola camadas de vidas inteiras
desenha nas paredes aranha, corujas e gatos
é tempo
(e eu sou tua)
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