segunda-feira, novembro 26, 2007

repletos de cosas
ritmo
batuque
afrogalego
saxsambeiro
preto-e-branco
botequeiro
disperso som
ondeia marinheiro
vão vão vão
sexyboleio
nós, primeiro
decorado
rima escrita
descoberta
(o sorriso fica)
inteiro
sol na escuridão

terça-feira, novembro 20, 2007

escorre pela parede um coisa pegajosa
que não é suor nem palpita
musgo que se cria sempre no escondido
no obscuro, no osceno
(porque há quem desconsidere o amor)
um cinzeiro cheio e mãos vazias
porque o ar é saudade

quarta-feira, novembro 14, 2007

devora minhas palavras
decora o meu corpo
sem decoro
sem demora
descola minha retina
me chama de cretina
desafora
desmente a minha rima
enquanto eu alucino
enquanto eu anuncio
toda prosa tua sina
você meu masculino
eu rio de menina

terça-feira, novembro 13, 2007

piso em você como quem pisa em ovos
como quem anda em brasas
porque o amor arde em falsas delicadezas
o amor explode como bolha
o amor pinça pelas asas
liberta
zumzuna agitado na vidraça
enquanto tudo venta na noite
esmago-o suavemente verme
alvo tecido que me habita quando sereno
casa caiada em que descansa o amor
e todos os pratos quebrados