e é porque sei que tudo é finito
que tenho medo
da noite sempre curta
dos risos vezes pouco
daquela canção perdida
tua voz rouquejando na memória
os desamores debulhados
tenho medo porque grita tempo
a minha pele, os meus cabelos
porque fé também é cansaço
medo do tanto querer
da falta do gesto
das palavras prometidas
no verso da página
no avesso da vida minha
que é também vida tua
tenho medo do que é passo
do que é salto
(ainda que ame o profundo)
dessa travessia que meu corpo guarda
quando ainda nem havia nós
no silêncio sublima-se o Amor destinado
com susto de quem espera passar a escuridão
segunda-feira, maio 06, 2013
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