tens o peito em correnteza
água-fúria, água-viva
deixas meu barco sem porto
fazes cachoeira em meu corpo
que sem ti só faz chorar
teus olhos enluarados
qual boto, bicho encantado
cantam sereias nas noites
deixam caminho de estrelas
por onde me arrasto, aos teus pés
és fruto da madrugada
me preenches com teu nada
me deixas a casa vazia
mas a alma enfeitiçada
tudo em ti é tempestade
é torrente, dilúvio, aguaçal
espelho turvo de céu
onde deságuam os sonhos
que fazem o amor, temporal
domingo, outubro 15, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Adorei, e por falar em temporal...
Postar um comentário