podia ser de março
pau, pedra, temporal
80% do meu corpo
a gota que falta pro final
berço de jangada e boto
podia banhar a menina que passa
espelho de lua com rã ancestral
podia ser chuvinha miudinha
podia chover sem parar
Odoiá, Yemanjá
podia encher a maré
abrir-se pelas mãos de Moisés
guardar o sal nas lágrimas de Portugal
agigantar-se, quase terra
sob aurora boreal
podia faltar, até
se não fossem seus olhos
azul seria só água
domingo, março 16, 2008
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Um comentário:
Outro poema excelente, Rita. Vou publicá-lo no meu blogue com os devidos créditos, viu?
Um Beijo.
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